Velório de Zé Celso atravessa madrugada e é marcado por homenagens
Corpo do dramaturgo foi cremado às 13h em cerimônia reservada para amigos íntimos e familiares

Foto: Foto/Divulgação
O velório do corpo do diretor de teatro Zé Celso Martinez começou na madrugada desta quinta-feira (6) e seguiu até a manhã desta sexta-feira (7). As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
O corpo do dramaturgo saiu do Teatro Oficina, companhia fundada e dirigida por ele. A previsão era de que o estabelecimento fecharia a visitação às 9h. No entanto, ainda havia uma fila extensa de pessoas que aguardavam para se despedir de Zé Celso.
Márcio Telles, um dos atores da companhia e pai de santo do teatro, foi o responsável por encerrar a cerimônia com um discurso para ressaltar a importância do diretor de teatro na dramaturgia. "Hoje estamos eternizando Zé Celso. Ele deixa de ser nosso grande mestre e vira uma eternidade. Estamos celebrando a vida, porque não acreditamos na morte. Somos artistas.", afirmou Márcio.
O deputado estadual Eduardo Suplicy e Marcelo Drummond, viúvo de Zé Celso, ajudaram a levar o corpo ao carro do serviço funerário.
Durante o velório, um grupo de pessoas entoava canções de Gal Costa, Elza Soares e Vicente Celestino. Ao final da cerimônia, todos os presentes se reuniram ao redor do caixão e aplaudiram por cinco minutos, como uma homenagem a Zé Celso.
O corpo do dramaturgo foi coberto com uma bandeira da Vai Vai, escola de samba do Bexiga, e flores. Segundo a Folha de S.Paulo, apesar da maquiagem realizada no teatro, ainda era possível ver queimaduras no rosto do artista.
Zé Celso morreu, na manhã desta quinta-feira (6), aos 86 anos, no Hospital das Clínicas, em São Paulo, após ser vítima de incêndio em seu apartamento. Ele estava entubado e internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da unidade de saúde desde a última terça-feira (4).
O corpo do dramaturgo foi cremado às 13h em cerimônia reservada para amigos íntimos e familiares, no Cemitério e Crematório Horto da Paz, no município de Itapecerica da Serra, em São Paulo.
Após os rituais para celebrar a vida de Zé Celso, o Teatro Oficina continuará funcionando. Na noite desta sexta para, a peça "Mutação de Apoteose" será encenada.