Silas Malafaia pede a Alexandre de Moraes devolução de passaporte e cadernos apreendidos pelo STF
Malafaia é investigado em um inquérito que apura supostas “ações de coação”

Foto: Isac Nóbrega/PR |Marcelo Camargo/Agência Brasil
O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, fez na última sexta-feira (22) dois pedidos públicos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em publicação nas redes sociais, ele solicitou a devolução de seu passaporte e de seus cadernos de anotações.
Malafaia é investigado em um inquérito que apura supostas “ações de coação” envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Em decorrência do processo, o pastor teve seu passaporte apreendido, ficando impedido de deixar o país e de manter contato com Bolsonaro.
Em suas postagens, Malafaia questionou a medida. "Devolva meu passaporte. Todo o mundo jurídico sabe, e seus colegas do STF, que para apreender o passaporte de alguém tem que haver risco iminente de fuga. Eu estava em Portugal. Se eu tivesse medo do senhor, eu ficava lá”, afirmou.
O religioso destacou que, caso tentasse fugir, sua reputação estaria “destruída” e “desmoralizada” perante a igreja, a sociedade e a família. “O senhor acha que eu vou jogar a minha reputação na lama depois desses quatro anos denunciando seus crimes? O senhor que é tão corajoso tem medo de um pastor fugir? Isso é uma vergonha, ministro”, acrescentou.
Além do passaporte, Malafaia pediu a devolução de seus cadernos, que contêm esboços de pregações e reflexões bíblicas. Ele também solicitou uma cópia digitalizada dos documentos, alegando que a Polícia Federal costuma digitalizar todo o material apreendido. “Quem sabe o senhor pode me fazer esse favor de devolver meus cadernos e uma cópia digitalizada”.
O pastor encerrou a mensagem reforçando sua postura: “Eu vou te agradecer ministro. Eu vou dizer ‘Muito obrigado’ se o senhor fizer esses dois favores, porque uma coisa eu não sou covarde, medroso e fujão. Eu vou estar aqui e vou continuar a falar e a denúnciar seus crimes”.