Relembre a disputa judicial que fez Romário despejar familiares de residência no Rio de Janeiro

Apesar da idolatria nacional construída desde o tetracampeonato mundial pela Seleção Brasileira, em 1994, Romário já se envolveu em uma série de polêmicas ao longo da sua carreira, incluindo com pessoas da própria família. No ano de 1999, o craque se envolveu em uma disputa judicial com a família da própria tia por conta de um imóvel. 

Em entrevista ao GE, publicada em junho deste ano, Romário contou que uma das suas prioridades ao começar a ganhar dinheiro com os contratos de futebol foi ajudar pessoas próximas. Segundo ele, com o dinheiro recebido a partir do contrato com o PSV, seu primeiro clube na Europa, ele conseguiu comprar uma casa para a mãe.

Além disso, o senador do Rio de Janeiro contou que abrigou oito familiares do núcleo familiar da sua tia Joselina Santana, irmã da sua mãe, que moravam na Favela do Jacarezinho em um prédio que ele mesmo havia comprado, localizado em Vista Alegre, na zona norte do Rio. De acordo com Romário, ele fez um acordo com os familiares para que eles morassem lá sem custos por 10 anos, mas que começariam a arcar com as despesas do imóvel após o prazo.

"O combinado era: 'vocês moram aqui por dez anos sem pagar nada: condomínio, água, luz e telefone. Depois de dez anos, vocês começam a pagar as contas de vocês'. Passaram-se os dez anos, eu fui lá e eles achavam que tinham o direito de continuar sem pagar. Aí eu dei mais dois anos, foram doze anos", detalhou Romário.

"No décimo terceiro ano, um familiar da minha tia, disse que não iria pagar e que continuaria do mesmo jeito. Eu falei: 'Então tá bom.' Coloquei eles na Justiça e eles foram para a casa do c*ralho. Simples assim", completou. 

Os familiares do jogador foram obrigados a deixar a residência após oficiais de Justiça apresentarem um mandado de reintegração de posse e citação, expedido pelo juiz Jairo Vasconcelos, da 2ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, a pedido do então jogador do Flamengo.

Joselina chegou a ceder uma entrevista à época contando a sua versão da situação: "O Romário estava nos cobrando um aluguel que não tínhamos condição de pagar. Como não podemos cumprir o compromisso, ele entrou na Justiça".

O valor do aluguel cobrado por Romário girava em torno de R$ 400, o que representava quase o triplo do salário mínimo da época, que era de R$ 136,00 mensais.