NotíciasBrasilProfessor debocha de aluno que vende água de coco no Espírito Santo e é demitido

Professor debocha de aluno que vende água de coco no Espírito Santo e é demitido

Acontecimento chegou à familia do jovem, e mãe alegou sentir-se humilhada

| Autor: Redação

Foto: Reprodução

Um colégio da cidade de Vitória, no Espírito Santo, foi palco de um ato discriminatório por parte de um professor na última sexta-feira (15). Na ocasião, o educador escreveu uma frase "reflexiva" no quadro, sobre a necessidade do estudo para conquista de um "emprego melhor". O problema se deu no exemplo que foi dado como emprego indigno. "Será que é melhor ir para o calçadão de Jardim Camburi vender água de coco ou se esforçar um pouco mais nos estudos para ter um emprego melhor", escreveu o professor, referindo-se a um de seus alunos. O profissional foi desligado das suas atividades na unidade educacional.

O texto exposto se deu, segundo o UOL, após o adolescente ser visto pelo educador enquanto trabalhava vendendo coco em uma orla. Uma foto da "reflexão" foi tirada por alunos da turma e chegou até a mãe do jovem, que comentou sobre o fato nas redes sociais, alegando que se sentiu "humilhada". 

Em depoimento, a mulher que trabalha vendendo coco há quatro anos faliu sobre a importância da venda da iguaria para a família, além de reforçar a prática honesta e nada vergonhosa. 

"Eu não estudei, mas acredito que seja um trabalho honesto e digno. É através da água de coco que eu levo sustento para minha família, que eu pago minhas contas e sobrevivo", comentou. 

A Superintendência Regional de Educação informou a UOL que acompanha o caso. Confira a nota do órgão:

"Conforme Regimento Comum das Escolas, as medidas administrativas já estão sendo adotadas pela unidade de ensino. O professor teve seu contrato cessado antecipadamente e a mãe do aluno está sendo apoiada para buscar seus direitos junto às autoridades policiais, via boletim de ocorrência. Nesta semana, a responsável pelo aluno será atendida pela equipe escolar para o apoio que for necessário".  

O professor, no entanto, defendeu-se, afirmando que sua intenção não é a que foi interpretada. 

"Minha intenção sempre foi a de despertar e reforçar a relevância dos estudos para a formação de um ser humano mais completo, crítico, autônomo e com mais oportunidades na construção de seu futuro", diz. 
 

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