PL demite funcionária acusada de realizar ritual com terra de cemitério dentro do partido
Umbandista afirma ter sido ofendida e alvo de acusações preconceituosas; Federação Umbandista do Brasil cobra responsabilização dos envolvidos

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Uma ex-funcionária do Partido Liberal (PL) do Piauí afirma ter sido demitida após sofrer intolerância religiosa dentro da sigla. Denise Xavier, que ocupava o cargo de secretária adjunta do partido no estado, disse ter sido hostilizada por membros do PL por professar a Umbanda.
A denúncia ganhou repercussão após a Federação Umbandista do Brasil (Feubra) divulgar uma nota em que “repudia com firmeza” o que ocorreu com Denise. De acordo com a entidade, mensagens de WhatsApp enviadas à ex-funcionária continham ofensas e estigmas religiosos.
Segundo a Feubra, Denise foi chamada de “macumbeira” de maneira pejorativa e acusada, sem qualquer prova, de ter levado um “despacho” para a sede do partido. A entidade afirma ainda que integrantes do PL-PI chegaram a sugerir a instalação de câmeras para verificar se ela estaria levando “terra de cemitério” ao local — acusações consideradas preconceituosas e discriminatórias.
Em nota, a Federação ressaltou que “a Umbanda é religião, merece respeito e proteção” e lembrou que atitudes como as relatadas violam a Constituição Federal, configurando intolerância religiosa.
A entidade também cobrou providências do partido. “Exigimos que o PL-Piauí identifique e responsabilize os envolvidos. Reiteramos nossa solidariedade a Denise Xavier e nosso compromisso em defender a liberdade de fé e a dignidade dos umbandistas em todo o Brasil”, afirmou a Feubra.
O PL do Piauí ainda não se manifestou publicamente sobre o caso.
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