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Os desafios persistentes da exclusão escolar na educação

Crianças de 4 e 5 anos e os adolescentes de 15 a 17 anos são o público mais afetado

| Autor: Ramilton Silva

Foto: Paula Fróes/GOVBA

A exclusão escolar é um problema presente em nossa sociedade que desafia diariamente os sistemas educacionais do Brasil e do mundo. Mesmo havendo uma mobilização para proporcionar o acesso à educação igualitária para todos, crianças e jovens ainda continuam enfrentando os percalços que os impossibilitam ter uma aproximação plena ao que a educação pode proporcionar. 

Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) os grupos que são mais atingidos pelo dilema da exclusão escolar são crianças de 4 e 5 anos, que deveriam estar devidamente matriculadas na pré-escola, e os adolescentes de 15 a 17 anos, que deveriam estar no ensino médio. Com a junção desses dois públicos, eles acabam representando cerca de 90% das crianças e dos adolescentes que não frequentam a escola.

Todo esse desamparo implica no abandono escolar e faz com que eles fiquem ainda mais à margem da sociedade. A falta de oportunidades educacionais adequadas para jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social cria um ciclo de exclusão que pode ser difícil de quebrar. A falta de acesso à educação de qualidade não apenas limita suas perspectivas de emprego e desenvolvimento pessoal, mas também perpetua a desigualdade social. 

Além de privar os alunos das oportunidades que a educação pode proporcionar, a exclusão escolar reflete diretamente em nossas vidas. Para a socióloga, pedagoga e mestranda em educação de jovens e adultos Taiane Dantas, essas privações estão atreladas a questões socioeconômicas, culturais, políticas, assistenciais, técnicas dentre outras. 

Para que a exclusão social seja extinta de nossa sociedade é preciso haver um esforço de quem integra a comunidade escolar e principalmente dos gestores públicos que possuem a principal função, que é elaborar políticas públicas para o extermínio desse problema. A educação é um direito garantido em lei para toda a população que busca um espaço no mundo através dos estudos, mas esse direito só pode ser posto em prática se as ações de enfrentamentos estiverem alinhadas.

Programas adotados pelo governo para reduzir a exclusão escolar

Uma estratégia adotada por governos e instituições educacionais vem fazendo a diferença na vida de jovens brasileiros, o programa que é conhecido como “Busca Ativa Escolar” visa identificar e registrar crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em situação vulnerável, garantindo que todos tenham acesso à educação, independentemente de suas circunstâncias socioeconômicas, étnicas ou geográficas.

Para continuar trabalhando no combate à exclusão escolar, o governo brasileiro criou o “Programa Pé-de-Meia” o projeto oferece um incentivo no valor de R$200 reais para os estudantes que estão regularmente matriculados no ensino médio. O incentivo possibilita diminuir a baixa adesão dos estudantes nas escolas e evitar a evasão. 

A socióloga Taiane, reforça que esses direitos devem ser propostos e praticados pelo poder público “A educação é um direito, sendo assim é um dever do estado e das instituições garantir esse direito, seja através de políticas públicas, infraestrutura adequada, acessibilidade, formação de professores e investimento financeiro. É essencial cuidar do ambiente educacional para que os direitos se estendam além do espaço escolar.”
 

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