Oruam desabafa e esboça letra de música sobre a megaoperação

Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido artisticamente como Oruam, se manifestou mais uma vez sobre a megaoperação policial que deixou, ao menos, 121 mortos na última terça-feira (28). Em suas redes sociais, o rapper desabafou e compartilhou uma letra que escreveu sobre a operação. Filho de Marcinho VP, ex-líder do Comando Vermelho, Oruam chegou a dizer que a sociedade gosta de banho de sangue.

“A mídia descobriu que matar bandido vende muito e essa política é a que mais vende no Rio de Janeiro, no Brasil. A política que mais vende é a de matar bandido. A sociedade gosta de banho de sangue. E ela usa o bandido como o maior vilão pra esconder os verdadeiros bandidos, que estão nas grandes mansões, que pagam o governo pra não serem vistos.

Além da letra e do forte desabafo, o cantor se pronunciou publicamente sobre o assunto. Em forte crítica ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), Oruam chegou a classificar a operação policial como uma grande chacina.
 
“28 de outubro de 2025 aconteceu a maior chacina da história do Rio de Janeiro. Meu nome é Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, mais conhecido como Oruam. Eu sou filho do Márcio dos Santos Nepomuceno, mais conhecido como Marcinho VP. Eu sou reflexo da sociedade, meu pai é reflexo da sociedade. E o bandido que tá apontando pistola e fuzil também é reflexo da sociedade”, disse o rapper.

Entenda a megaoperação

Na última terça-feira (28), o governador Cláudio Castro (PL) mobilizou 2,5 mil agentes para realizar uma operação policial nos complexos do Alemão e da Penha. O intuito é combater a facção Comando Vermelho (CV), apontada como o maior grupo criminoso do Rio de Janeiro.

Nomeada de "megaoperação", esta foi a operação policial mais letal da história do país, deixando, ao menos 121 mortos. Anteriormente a maior, o massacre do Carandiru deixou 111 presos mortos.