NotíciasBrasil"Não, meu filho estava no lugar certo", relata mãe de médico sobrevivente

"Não, meu filho estava no lugar certo", relata mãe de médico sobrevivente

Daniel Proença foi baleado 14 vezes, passou por cirúrgia e segue internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

| Autor: Redação
"Não, meu filho estava no lugar certo", relata mãe de médico sobrevivente

Foto: Reprodução/TV Globo

A mãe do médico ortopedista, Daniel Proença, único sobrevivente do ataque a um quiosque no Rio de Janeiro que matou outros três médicos, falou sobre o crime pela primeira vez em entrevista ao Fantastico, exibida na noite do último domingo(8). Ela disse que o filho estar vivo é um milagre. 

"Você acredita em milagre? Foi um milagre, pode ter certeza", disse a mãe do médico.

Márcia Proença contou que estava em casa, na cidade de Mogi das Cruzes, perto da cidade paulista, quando soube do acontecido com o filho. 

Em entrevista a jornalista Bette Lucchese, ela contou que a primeira coisa que filho falou ao vê-la foi "mãe".

"Mãe", e começou a chorar. "Mãe, meus amigos morreram", contou.

Segundo com a apuração do g1 RJ, 

Daniel Proença foi baleado 14 vezes, sendo duas de raspão. Ele passou por uma cirurgia que envolveu 19 profissionais e está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular.

“Eles estavam no quiosque tomando uma cerveja, relembrando e falando sobre o futuro. Perseu falando que precisava trabalhar bastante porque tinha duas crianças pequenas, aquele senhor falando que o filho dele, o último, ia casar e depois ele disse que ia dar uma diminuída, ia aposentar. E quando um deles olhou no relógio, falou ‘gente é quase uma hora, nós precisamos ir embora’”, contou Márcia.

Ainda de acordo com Márcia, ela não acredita que o filho estava no lugar errado.

“Falaram pra mim, ‘seu filho estava no lugar errado’. Eu falei: ‘Não. Meu filho estava no lugar certo, estava com os amigos, tomando uma cerveja, estavam comemorando. Ele estava no lugar certo’”, diz Márcia.

"Cabe a sociedade agora cobrar muito. Essa violência não vai ser resolvida do dia pra noite. Não vai. Mas eles tem condição de nos dar alguma coisa melhor", declarou a mãe de Daniel sobre a segurança no Brasil.

Diante do ocorrido, ela se solidarizou com a familia e amigos dos médicos mortos.

"Eu me vejo na situação de que eu poderia estar no outro lugar", lamentou.

Tags

Notícias Relacionadas