Mulher fica cega após ingerir bebida alcoólica com metanol; entenda
Este foi o terceiro caso em menos de 25 dias no estado de São Paulo

Foto: Reprodução Record / Fala Brasil
Empresária e designer de interiores, Radharani Domingos viu a sua comemoração de aniversário se transformar em um pesadelo. Mulher de 43 anos, ela foi em um bar nos Jardins, área nobre de São Paulo, no dia 19 de setembro, onde ingeriu três caipirinhas feitas com vodka. Os sintomas apareceram no dia seguinte e a moça foi levada até um hospital.
Com visão turva, dificuldade em lembrar informações básicas e muito enjoo, a moça foi levada para um hospital no dia seguinte. Desde o dia 20, Radharani foi internada, intubada e colocada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Até o momento, a empresária segue internada na UTI e não enxerga nada. Apesar da presença do metanol em seu corpo não ter sido totalmente confirmada, os médicos têm tratado a doença com intoxicação por eliminação.
Nitay Martins, irmão de Radharani, descreveu como foi o diagnóstico da cegueira permanente, visto como um choque, pois a designer conseguia falar, se mexer e estava com sua capacidade cognitiva recuperada.
"Chamamos um médico da família, um neuro oftalmologista, que fez uma avaliação, detectou que não tinha reação à luz e foi falando que era um estado de cegueira permanente. Ela ficou cega, mas a gente está buscando todos os tratamentos possíveis. Mas ela está melhorando, conseguindo tomar banho sozinha, lavar o cabelo, os sinais motores e de fala, até mesmo de cognição e entendimento, estão cem por cento", conta o irmão em entrevista ao jornal "O Globo".
Para a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (SENAD), o número de intoxicação por metanol está completamente fora do normal. Nos últimos 25 dias, o estado de São Paulo registrou nove casos de bebidas alcoólicas com formulação adulterada. Duas pessoas morreram e a Polícia Civil investiga mais quatro denúncias de bebidas adulteradas na Zona Sul de São Paulo.