MC Carol chora em desabafo nas redes e fala sobre racismo e desvalorização no funk: “Nunca tive apoio de ninguém”
Cantora também compartilhou sua frustração diante da tentativa de buscar novos caminhos dentro da arte

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Na noite da última quinta-feira (9), a cantora MC Carol, de 32 anos, comoveu seus seguidores ao aparecer chorando em uma série de vídeos publicados nos Stories do Instagram. Em um desabafo sincero, a artista falou sobre as dificuldades que enfrenta desde o início da carreira, abordando temas como racismo, misoginia e a constante desvalorização de seu trabalho.
Visivelmente abalada, MC Carol revelou nunca ter recebido apoio ao longo de sua trajetória e destacou que precisou acreditar sozinha em seu talento para conquistar espaço no cenário musical.
“Vocês não sabem o quanto é difícil ser mulher e cantar as coisas que eu canto. Vocês não têm noção das coisas que eu ouço. Desde lá de trás, desde quando eu comecei. Nunca tive apoio de ninguém, nunca. Nunca tive apoio de ninguém e, mesmo assim, sozinha, eu acreditei em mim, acreditei que ia dar em algum lugar, que eu ia conquistar minha independência”, declarou, entre lágrimas.
Apesar de reconhecer que o funk transformou sua vida e permitiu que ela ajudasse outras pessoas, MC Carol lamentou o fato de seu trabalho e o gênero musical ainda não serem levados a sério.
“Mesmo com o funk, com o que canto, tendo me dado coisas que eu não ia conseguir de outra forma, mesmo eu ajudando um monte de gente, mesmo assim, meu trabalho não é visto como trabalho. É visto como diversão, safadeza.”
A cantora também compartilhou sua frustração diante da tentativa de buscar novos caminhos dentro da arte, como a atuação, na esperança de conquistar mais respeito e visibilidade. No entanto, afirmou que, mesmo ampliando seus horizontes artísticos, ainda sente a falta de reconhecimento por ser uma mulher negra.
“E não adianta o que eu faça, o que eu fale, não adianta. Eu ainda dei algumas entrevistas que eu estava entrando no mundo da atuação pra ter mais respeito, mas a mulher preta, dentro da arte, da música, da atuação, ela não tem respeito. As pessoas não sabem separar o que é a artista no palco e a pessoa.”