Jovem de 20 anos é assassinada durante assalto na frente do pai e do namorado em São Paulo

Uma jovem de 20 anos, identificada como Beatriz Munhos, foi assassinada com um tiro na cabeça durante um assalto na noite de sábado (1) em Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo. Ela estava acompanhada do pai e do namorado, que presenciaram o crime. O ataque foi registrado por uma câmera de segurança. 

Segundo relato do namorado à Polícia Civil, a família havia saído de Sorocaba, interior de São Paulo, rumo à capital, para entregar um drone negociado com uma pessoa que moraria no endereço combinado.

Enquanto aguardavam no local, dois homens chegaram em uma motocicleta perguntando sobre o drone e anunciaram o assalto. "Foi quando a família percebeu que era uma emboscada", explicou o namorado. Nesse momento, Beatriz saiu do veículo e disparou gás de pimenta contra um dos assaltantes. O criminoso reagiu atirando à queima-roupa na cabeça da jovem.

Após o disparo, o namorado tentou impedir a fuga do assaltante segurando a bolsa térmica de entregador que ele carregava. Mesmo assim, o criminoso conseguiu se soltar, abandonou o objeto e fugiu com o comparsa. Os assaltantes também levaram um celular.

O caso foi registrado no 69º Distrito Policial (Teotônio Vilela) como latrocínio, que é o roubo com resultado morte. A polícia segue investigando para identificar e prender os responsáveis.

No domingo (2), o pai de Beatriz, Lucas Munhos, publicou um vídeo na rede social da filha, lamentando a tragédia. Ele se declarou profundamente emocionado:

“Eu sou Lucas, sou o pai da Bia. Desculpa estar avisando vocês assim. A gente perdeu a Bia. Ela foi morta a tiros em São Paulo. Ai... Que crueldade que fizeram com a minha pequena. Vocês sabem como que ela era. É uma pessoa do bem, ela me ajudava demais, demais", relatou Lucas.

No vídeo, ele contou que entregaram tudo o que os assaltantes pediram, mas, mesmo assim, eles atiraram na cabeça da filha:

"Isso não pode acontecer com outros pais, pessoas. Outros pais não podem sofrer o que eu tô sofrendo. Essa bandidagem, tráfico, essas coisas, todas de bandido, de arma, têm que acabar. Eu imploro pro governo acabar com isso, pelo amor de Deus."

Ele também fez um apelo por respostas do governo em relação à segurança pública: "Levaram a minha pequena. A minha filha não 'tá mais entre nós. A gente não pode deixar isso impune, senhores, não pode. O governo tem que fazer alguma coisa. A polícia tá fazendo o trabalho dela, mas isso não pode acontecer novamente com as pessoas, com um pai, com uma mãe. Um namorado, um irmão não merecem passar por isso. Vocês têm que ajudar", completou.