Homem é preso por engano por conta de erro no nome
Eletricista foi acusado de estupro, de forma errônea, e ficou uma semana preso

Momentos de emoção no encontro do rapaz e famíia |Foto: Reprodução / G1
Em São Paulo, um homem foi solto oito dias depois de sua prisão após constatar um erro de grafia em seu nome em uma acusação de estupro registrada na Bahia. Jabson Andrade da Silva foi confundido com Jabison, que tinha os exatos sobrenomes e deveria ser o verdadeiro acusado. Segundo o G1, ele foi preso injustamente e ficou uma semana na cadeia até que a família conseguisse comprovar sua inocência, sendo solto na última terça-feira (15).
Mesmo tendo nascido na Bahia, o eletricista vive em São Paulo há muitos anos. Jabson é casado e pai de duas filhas, ele acabou sendo confundido com outro homem, "Jabison", que foi denunciado por sua ex-parceira por estuprar a enteada entre os anos de 2008 e 2015. O erro aconteceu porque, no registro policial feito pelas autoridades baianas, o nome do verdadeiro acusado foi registrado sem a letra "i", um erro de digitação.
Com a confusão, Jabson foi abordado por policiais em sua casa, em São Paulo, e levado a um distrito policial. Mesmo afirmando que era inocente, acabou encaminhado para uma delegacia e, em seguida, preso. Ele foi levado ao CDP de Pinheiros, após uma audiência realizada no Fórum da Barra Funda.
Ao G1, ele contou que a experiência foi desumana: ao chegar na prisão, teve a cabeça raspada e foi tratado com displicência. “Te tratam muito mal. Você não pode responder nada. É enlouquecedor. Tem pessoas que surtam lá dentro. Eu falava que era inocente, mas diziam que todos falam isso”, relatou.
Durante o tempo em que esteve preto, Jabson contou que tentou se "segurar" com outros detentos ligados ao Evangelho. Mesmo assim, ele também afirmou que estava bastante preocupado com a saúde da esposa, que havia passado recentemente por exames para investigar problemas cardíacos. Sua família do lado de fora, logo após a prisão, começou a reunir documentos e provas para comprovar sua inocência ao lado de seus advogados.
Entre as evidências apresentadas, a família mostrou que Jabson nunca teve uma enteada e que mora na capital paulista há muitos anos, inclusive, trabalhava por lá no período em que o crime ocorreu na Bahia. Foram apresentadas a carteira de trabalho e outros documentos, além do contato direto com a mulher que fez a denúncia através da imprensa local, para ela confirmar que ele não era o verdadeiro acusado.