NotíciasBrasilGoverno brasileiro estuda romper relações com Israel após ataque ao Irã

Governo brasileiro estuda romper relações com Israel após ataque ao Irã

Ideia leva em conta os recentes acontecimentos na Faixa de Gaza

| Autor: Redacão/Varela Net
Presidente Lula e Benjamin Netanyahu

Presidente Lula e Benjamin Netanyahu |Foto: Ricardo Stuckert/PR; Reprodução/Redes Sociais

O governo brasileiro avalia suspender acordos militares com Israel como forma de responder à crise humanitária na Faixa de Gaza, considerada pelo Palácio do Planalto como um genocídio contra o povo palestino. A medida, confirmada pela Assessoria Especial da Presidência, reflete a preocupação do país em alinhar sua política externa aos princípios humanitários e ao direito internacional. Para o assessor especial do presidente Lula, Celso Amorim, os ataques em Gaza não podem ser tratados com indiferença diante das milhares de mortes de civis, muitas delas de crianças.

A proposta de interromper a cooperação militar surge como alternativa mais equilibrada frente à complexidade de um rompimento diplomático total, que poderia prejudicar brasileiros em Israel e também afetar o contato com autoridades palestinas. Ainda no início do ano, o governo brasileiro já havia cancelado a compra de blindados israelenses, em um sinal de repúdio ao agravamento do conflito.

Nos últimos dias, a pressão sobre o governo cresceu. Parlamentares e lideranças sociais estiveram com Celso Amorim para pedir medidas mais firmes contra Israel. Entre eles, a deputada Natália Bonavides (PT-RN) afirmou que o Brasil precisa transformar sua indignação em ações concretas. “É simplesmente um extermínio televisionado. Não podemos normalizar essa barbárie”, declarou, em publicação nas redes sociais.

Fora do Congresso, sindicatos e movimentos sociais também se mobilizam. Federações de petroleiros publicaram uma carta aberta pedindo que a Petrobras suspenda a venda de petróleo a Israel, defendendo um embargo total de energia e armas. O movimento internacional BDS, liderado por palestinos, reforça esse apelo há anos, o que Israel interpreta como uma tentativa de deslegitimar o país perante a comunidade internacional.

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