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Enfermeira denuncia personal de assédio sexual e relata: "Fiquei paralisada"

Enfermeira desabafou sobre assédio sofrido por personal trainer

| Autor: Redação - Varela Net
Enfermeira denuncia personal de assédio sexual e relata: "Fiquei paralisada"

Foto: Reprodução / Redes Sociais

A enfermeira e influenciadora digital Maria Emília Barbosa revelou em suas redes sociais que foi vítima de assédio sexual por um personal trainer, profissional da área da saúde, conhecido em Salvador, no qual atende influenciadores e atua como preparador físico em academias da cidade.

A publicação foi feita na terça-feira (25), data marcada pelo Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres - o que a motivou a publicar -, e rapidamente ganhou repercussão, incentivando outras mulheres a relatarem episódios semelhantes.

Segundo Maria Emília, o primeiro contato com o profissional ocorreu em janeiro deste ano, após indicação de uma amiga. O atendimento ia ser por meio de uma parceria de divulgação nas redes sociais e, segundo ela, foi negociado integral e diretamente por mensagens.

A primeira consulta aconteceu no último dia de janeiro. A profissional da saúde relata que o personal teria exigido que a avaliação física fosse realizada de biquíni, alegando que o procedimento só poderia ser feito dessa forma. Na sessão, ela relata ter sido submetida a poses e procedimentos que a deixaram desconfortável, incluindo uma suposta liberação miofascial com proximidade excessiva de suas partes íntimas.

“Eu estava extremamente desconfortável, mas pensei que fizesse parte do exame. Ele chegava muito perto, sem tocar, e eu permaneci paralisada, tentando agir naturalmente”, contou.

Ao longo de 30 dias, Maria Emília seguiu o plano de treinos e retornou para uma nova avaliação. Dessa vez, ela afirma que recusou usar biquíni e optou por roupa de academia, mas que o personal insistiu, dizendo ser impossível realizar o procedimento da maneira correta sem o traje exigido.

Na segunda sessão, Maria contou que o comportamento do personal se tornou ainda mais invasivo. Ele chegou a lateralizar a peça íntima da vítima e fez movimentos sexuais nela.

“Eu dei um tapa na mão dele e pedi para parar. Foi quando ele pegou minha mão, colocou no órgão genital dele e disse: 'Veja só como eu fico com você.'”

A enfermeira afirma que deixou o local imediatamente e, após relatar o ocorrido a pessoas próximas, descobriu que outras mulheres já teriam passado por experiências semelhantes com o mesmo profissional. Ele diz que procurou apoio jurídico e registrou a denúncia criminal.

“Eu me senti culpada por ter ficado paralisada, mas hoje sei que isso é uma resposta comum diante da violência. Por isso decidi falar”, declarou.

Após tornar público o caso, outras vítimas também procuraram Maria Emília. Uma delas, segundo ela, já prestou depoimento formal. A enfermeira encerrou o relato incentivando outras mulheres a denunciarem casos semelhantes.

“Se você passou por isso ou qualquer outro tipo de violência, física, psicológica ou digital, denuncie. O silêncio só ajuda o agressor.”

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