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Deputado propõe multa para quem levar bebês reborn a hospitais

Projeto de lei em Minas Gerais visa impedir atendimento médico a bonecas realistas

| Autor: Redação
Imagem ilustrativa de Bebê Reborn

Imagem ilustrativa de Bebê Reborn |Foto: Reprodução/Freepik

O deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL-MG) apresentou um projeto de lei que proíbe o atendimento de bebês reborn em hospitais públicos e privados de Minas Gerais. A proposta prevê multa equivalente a dez vezes o valor do serviço prestado caso a norma seja descumprida. Segundo o parlamentar, a medida busca evitar o uso indevido de recursos públicos e reforçar a necessidade de atendimento exclusivo a pacientes reais.

A iniciativa surgiu após um episódio em que uma dona de bebê reborn levou seu boneco a uma unidade de saúde alegando que ele estaria com febre. O caso gerou debate sobre o impacto da popularização dessas bonecas, que se tornaram febre entre mulheres adultas no Brasil. Caporezzo criticou a prática, afirmando que a sociedade está "perdida em seus próprios delírios" ao tratar objetos inanimados como crianças reais.

Os bebês reborn, que podem custar entre R$ 550 e R$ 8.500, são vendidos com certidão de nascimento e certificado de autenticidade. Nos últimos meses, grupos de colecionadoras passaram a organizar encontros em parques e eventos sociais, reforçando o vínculo emocional com os bonecos. No entanto, a crescente demanda por atendimento médico para essas bonecas levanta preocupações sobre o limite entre hobby e comportamento patológico.

Caso aprovado, o projeto de lei destinará os valores arrecadados com multas ao tratamento de pessoas com transtornos mentais. A proposta ainda precisa passar por votação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais antes de entrar em vigor.

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