Daniela Mercury solicita ao STF celeridade em queixa-crime contra Eduardo Bolsonaro

Mais de dois anos após o início da ação judicial, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) ainda não foi formalmente notificado na queixa-crime movida contra ele pela cantora Daniela Mercury. A defesa da artista solicitou ao ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), que avance com o processo.

O caso se originou em junho de 2022, após o deputado publicar no X (ex-Twitter) um vídeo com uma legenda que, segundo a equipe jurídica de Daniela, distorceu declarações feitas por ela em 2018, durante um protesto artístico. O vídeo sugeria que a cantora teria afirmado que “Jesus Cristo era gay, gay, muito gay, muito bicha, muito veado, sim!”, o que ela nega, dizendo que se referia ao cantor Renato Russo.

A 20ª Vara Criminal de São Paulo declarou-se incompetente para julgar o caso, devido ao foro privilegiado de Eduardo, e o processo foi encaminhado ao STF. Em 2023, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a notificação do deputado, o que foi autorizado por Nunes Marques. No entanto, até agora, o parlamentar não foi localizado em Brasília ou São Paulo, e não respondeu a tentativas de contato por diversos meios.

A defesa de Daniela Mercury pediu então que a notificação fosse feita por edital. Ainda assim, Eduardo Bolsonaro não apresentou resposta à acusação.