Cúpula do BRICS, realizada no Brasil, defende regulamentação de IAs e cessar-fogo em Gaza
Grupo também fez pontuações sobre questões humanitárias relativas à saúde
Bandeiras dos membros originais do BRICS |Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A cúpula do BRICS, realizada neste domingo (6), no Rio de Janeiro, traçou declarações sobre questões como o avanço da Inteligência Artificial (IA) e os conflitos que acontecem na Faixa da Gaza. O encontro reúne líderes de 11 países: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - membros originais da sigla - e também Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.
Um documento feito em conjunto pelos membros do grupo afirma "que a Inteligência Artificial (IA) representa uma oportunidade histórica para impulsionar o desenvolvimento rumo a um futuro mais próspero. Para alcançar esse objetivo, ressaltamos que a governança global da IA deve mitigar riscos potenciais e atender às necessidades de todos os países, incluindo os do Sul Global”.
O BRICS também defendeu o cessar-fogo e o fim dos conflitos em Gaza. "Exortamos as partes a se engajarem, de boa-fé, em novas negociações com vistas à obtenção de um cessar-fogo imediato, permanente e incondicional; à retirada completa das forças israelenses da Faixa de Gaza e de as demais partes do Território Palestino Ocupado; à libertação de todos os reféns e detidos em violação ao direito internacional; e ao acesso e entrega sustentados e desimpedidos da ajuda humanitária", declara o grupo.
Além disso, o documento também comenta sobre questões humanitárias e prega sobre a cooperação internacional para a mitigação de doenças. "A eliminação das Doenças Socialmente Determinadas (DSDs) exige uma ação robusta, coordenada e intersetorial, a Parceria deverá fortalecer os sistemas de saúde e enfrentar as barreiras sociais e estruturais ao acesso equitativo à saúde.", diz o grupo.
"Para alcançar os objetivos da Parceria, os membros promoverão e ampliarão iniciativas existentes voltadas para o fortalecimento do manejo de casos, expansão do acesso a áreas remotas e de difícil alcance, melhoria das condições de saneamento e moradia, combate à desnutrição e à pobreza, e aproveitamento de tecnologias inovadoras”, complementa o BRICS.
