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Bebês Reborn: A nova febre que está conquistando o Brasil

Bonecas estão em alta no país, após vários casos curiosos

| Autor: João Victor Viana
Bebê Reborn

Bebê Reborn |Foto: Reprodução

Os bebês reborn, bonecas ultrarrealistas que imitam recém-nascidos, têm conquistado cada vez mais compradores no Brasil. De influenciadores a figuras públicas, de crianças a adultos, as bonecas se espalham por diversas regiões. 

Os bonecos que são trabalhados para simular um bebê de verdade, incluindo veias visíveis, dobrinhas na pele e até mesmo peso realista. Além disso, alguns modelos possuem mecanismos que simulam o choro e a respiração, deixando a experiência mais verdadeira.

A ascensão que os reborn têm tomado nas redes sociais tem sido impulsionada por influenciadores e celebridades, como a influenciadora Elaine Alves, conhecida como Nane Reborns, ela compartilha sua rotina com as bonecas em diversos vídeos, acumulando milhares de seguidores no Tik Tok. Nane participa de encontros de “Mamães Reborn”, possuindo uma coleção avaliada em R$ 28 mil.

Famosos como o Padre Fábio de Melo e a musa Fitness Gracyanne Barbosa também entraram na moda, compartilhando suas experiências com os bebês em suas redes sociais. O líder religioso, por exemplo, “adotou” uma boneca com Síndrome de Down, em homenagem à sua mãe já falecida.

Em virtude desse aumento de compras das bonecas, surgiram diversas histórias envolvendo os reborns, três projetos de leis tentam impedir o uso dos bonecos para receber ou usufruir de benefícios destinados a bebês reais, como filas ou assentos preferenciais. A prefeitura da cidade de Curitiba, por exemplo, se manifestou por meio de uma postagem no Instagram alegando que “mães de bebês reborn” não têm assentos preferenciais em transportes públicos.

Segundo a psicóloga Juliana Bonfim, esse apego aos bonecos se devem a construções de vínculos, apego e dependência emocional com as bonecas, demonstrando um apego exagerado, que foge à realidade.

O que chama atenção para nós, profissionais da saúde mental, diante de tantos vídeos e conteúdos divulgados nas redes sociais, são adultos compartilhando a rotina com essas bonecas hiper-realistas (banho, alimentação, sono...), buscando por atendimento médico, quarto decorado, festinha de aniversário e até questões no âmbito judicial. Ou seja, nota-se que não estamos apenas falando sobre adultos colecionadores e sim da construção do vínculo, apego e dependência emocional com as bonecas, demonstrando um apego exagerado, que foge à realidade. Disse a psicóloga.

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