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Mulheres são resgatadas de falso centro terapêutico de pastores

Vítimas sofriam maus tratos e violência sexual

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/TV Sudoeste

Polícia Militar resgata seis mulheres que viviam em um falso centro terapêutico para dependentes quimicos em Planalto, no sudoeste baiano. Na casa viviam uma jovem de 18 anos e cinco idosas.

O local era administrado por um casal de pastores que cobrava entre R$ 500 e R$ 1 mil por mês para acolher as vítimas no centro. Segundo informações as mulheres viviam em condiçôes péssimas de higiniene, ficavam trancadas dentro dos quartos, dormiam em beliches feitos com ripa de madeira e não podiam ir ao banheiro.

No momento do resgate algumas das mulheres precisaram de atendimento médico. No local estava a pastora, suspeita de comandar o falso centro, os policiais conduziaram ela para a delegacia para prestar depoimento, onde em seguida acabou sendo liberada.

Além dos maus tratos contra as internas, o casal ficava com o cartão do beneficio social de algumas das mulheres, resultando no saque de quantias.

A operação foi feita após denúncias ao Ministério Público e a órgãos municipais de Planalto. Um inquerito policial foi aberto na polícia civil.

Nota Oficial da Polícia Militar:

Na manhã de quinta-feira (14), policiais militares da 79ª CIPM, em apoio a prepostos do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e da Vigilância Sanitária de Planalto, município situado no sudoeste baiano, realizaram o resgate de seis mulheres do interior de um centro terapêutico que funcionava irregularmente no bairro Maracujina.

 

Os pms, que fazem parte da Patrulha Preventiva da 79ª CIPM, foram acionados pelos servidores municipais, em razão de denúncias de que o local funcionava sem alvará da Prefeitura e sem autorização da Vigilância Sanitária. Ao chegarem, os militares e os servidores municipais mantiveram contato com uma mulher, que informou ser uma das pessoas responsáveis pelo espaço. No local, foram encontradas cinco idosas e uma jovem de 18 anos, que relataram ter sido agredidas ao longo do período de internação. Ainda de acordo com as vítimas, a proprietária do local e o esposo dela se apropriavam do dinheiro oriundo dos benefícios sociais a que elas teriam direito.

 

Os servidores municipais de Planalto interditaram o centro e os policiais conduziram a proprietária do local para a delegacia que atende à região, onde a ocorrência foi registrada.

 

"Como as mulheres que resgatamos informaram que não estavam se alimentando bem nos últimos dias, tivemos a preocupação de levá-las a um restaurante para que pudessem ter uma refeição digna antes de serem ouvidas na delegacia", revelou o tenente Oséias Varges, comandante da 79ª CIPM. "O cuidado, não apenas da PM, mas de todos os envolvidos nessa ação, Creas e Vigilância Sanitária, representou um conforto ainda maior para todas elas", pontuou.

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