LUTO: Divaldo Franco morre aos 98 anos e deixa legado no espiritismo

O médium e líder espírita Divaldo Franco faleceu na noite desta terça-feira (13), aos 98 anos, em Salvador. A informação foi confirmada pela Mansão do Caminho, instituição fundada por ele, que divulgou que a causa da morte foi falência múltipla dos órgãos. Nos últimos meses, Divaldo enfrentava complicações de saúde após finalizar um tratamento contra câncer de bexiga, diagnosticado em novembro de 2024.

Natural de Feira de Santana, Divaldo Franco foi um dos principais divulgadores do Espiritismo no Brasil e no mundo. Ao longo de sua trajetória, realizou mais de 20 mil conferências em 71 países, além de ter psicografado mais de 250 livros. Seu trabalho foi fundamental para a expansão da doutrina espírita, sendo considerado um dos sucessores de Chico Xavier. Em 1952, Divaldo fundou a Mansão do Caminho, localizada no bairro de Pau da Lima, em Salvador. A instituição se tornou um dos maiores centros de assistência social do país, oferecendo educação, atendimento médico e apoio a crianças e famílias carentes. O médium também adotou cerca de 600 crianças, reforçando seu compromisso com a caridade e o acolhimento.

Apesar do reconhecimento, Divaldo enfrentou desafios ao longo da vida, incluindo críticas dentro do próprio movimento espírita. Alguns estudiosos questionavam a autenticidade de sua mediunidade, alegando que ele desenvolvia os conteúdos de suas obras com base em suas próprias reflexões. No entanto, sua influência e dedicação ao Espiritismo permaneceram inquestionáveis.

O velório de Divaldo Franco será realizado nesta quarta-feira (14), no Ginásio de Esportes da Mansão do Caminho, das 9h às 20h, aberto ao público. A pedido do médium, as cerimônias serão simples e de curta duração, sem cortejo em carro aberto. O sepultamento ocorrerá na quinta-feira (15), no Cemitério Bosque da Paz, onde também está enterrado seu amigo e parceiro de jornada, Nilson de Souza Pereira. O legado de Divaldo Franco segue vivo por meio de suas obras, palestras e do trabalho social desenvolvido na Mansão do Caminho. Sua trajetória marcou gerações e consolidou seu nome como um dos maiores expoentes do Espiritismo no Brasil e no mundo.