Acusada de racismo religioso afirma usar remédios controlados
Investigada após agredir uma comerciante judia no último sábado (3), na cidade de Arraial D'Ajuda

Foto: Reprodução/ Redes Sociais
Mulher investigada por agredir uma comerciante judia no último sábado (3), na cidade de Arraial D'Ajuda, no extremo sul da Bahia, se apresentou à polícia e revelou estar arrependida. Ana Maria Leiva Blanco, que é chilena, contou que faz o uso de remédios controlados.
A investigada declarou que o que aconteceu se trata de uma diferença "pessoal" e base "politica" e afirma que não quis ofender o povo judeu, disse em entrevista à TV Bahia.
A suspeita é investigada pelo crime de racismo, ameaça, dano de uma loja de produtos místicos em Porto Seguro. A dona do comercio registrou um boletim de ocorrência contra Ana Maria e revelou durante depoimento que já se conheciam.
A empresária judia afirma que desde que a guerra entre Israel e o Hamas começou a investigada vem postando mensagens contra Israel nas redes sociais e de apoio ao grupo extremista. Motivo pelo qual ela bloqueou Ana Maria e que ela foi até a loja afrontar e agredir a comerciante.
Em seu depoimento à polícia, Ana Maria afirma que foi chama de terrorista pela empresária, o que motivou ir até sua loja.
"Me arrependo muito, por meus filhos. Isso aqui não tem nada a ver com intolerância religiosa, tem a ver com uma cosia política. Ela pensa de de um jeito, eu penso do outro e ela quer que eu pense do jeito dela. Se alguma pessoa do povo judeu se sentiu ofendida com minhas palavras, eu peço desculpa também, mas isso aqui é um fato pessoal", diz a investigada.
Diante do caso, o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, se pronunciou sobre o ocorrido. "O Brasil é uma nação formada pela mistura de povos e culturas, e atitudes discriminatórias contrariam os valores fundamentais de respeito e convivência pacífica", destacou.